CORRIDA ÀS RENOVÁVEIS
A produção energética constitui uma das questões mais preocupantes à escala mundial, factor que incentivou a corrida às energias renováveis. Em Portugal, o aproveitamento do vento ainda está longe de atingir o potencial do país, mas continuam a surgir novos projectos, como o do parque eólico da Serra de Montemuro.
Ainda durante este ano, vão ter início os trabalhos de construção do parque Eólico da Lagoa de D. João, em Resende, que vai custar 45 milhões de euros e é o maior investimento de sempre realizado no concelho.
O projecto do parque foi anunciado pelo presidente da Câmara Municipal de Resende, que garante que irá produzir cinco vezes mais a energia eléctrica, que a consumida pelo município, contribuindo assim para a política energética nacional.
Mais um campo de ventoínhas vem perturbar o silêncio e lesar a paisagem da serra de Montemuro.
Há algum tempo atrás, Pacheco Pereira questionava no jornal Público, a excessiva proliferação destes parques - sob a manta do ecológico e da necessidade da produção energética limpa, alguém ganhava dinheiro. Muito dinheiro, aliás.
Com certeza que as empresas que levam a cabo tais empreendimentos, não o fazem como bons samaritanos, nem almejam a salvação do planeta Terra. Sejamos francos: o nicho de mercado aberto pelas obrigações comunitárias, franqueou e possibilitou a proliferação de parques eólicos.
Junta-se o útil ao agradável: os empresários ganham dinheiro e arvoram os ideais da ecologia, as Câmaras esfregam as mãos de contentes, pois é dinheiro em caixa; juntas de freguesia e moradores vêem nas ventoínhas uma mina de ouro, entre rendas e vendas. O presidente da Câmara Municipal de Resende diz que as verbas que os «ventos» das hélices trazem “significam uma fonte de rendimento adicional que contribuirá para a melhoria da respectiva qualidade de vida das populações locais”. Rendimento alguém sempre tem.
Resta saber é se é bem ou mal distribuído.
Energia Eólica: os prós e os contras
Vantagens:
- Utilização gratuita de uma energia disponível e renovável;
- A energia eléctrica é produzida sem libertação de poluentes tmosféricos;
- O balanço energético é positivo: a energia gasta para produzir um erogerador é produzida em menos de meio ano;
- A maioria dos materiais que compõem um aerogerador são recicláveis, pelo que a sua desactivação não levanta problemas relevantes.
Desvantagens:
- Um parque eólico ocupa uma superfície razoável de terreno;
- A implantação de um parque eólico deve respeitar uma distância mínima das populações de cerca de 500 metros;
- O impacte visual de um parque eólico, embora subjectivo, exige cuidados, nomeadamente quando implantado em zonas sensíveis do ponto de vista da qualidade visual da paisagem;
- O movimento das pás dos aerogeradores pode ser responsável pela morte de aves, quando o parque é mal localizado e afecta rotas de migração.
Fontes:
Dados retirados do “Manual as Energias Renováveis” do GEOTA
http://nunoresende.blogspot.com/2006/12 ... entos.html
http://www.lamegohoje.com/noticia.asp?i ... on=noticia
Conclusão: A Gralheira irá ficar rodeada de ventoinhas que para o bem de uns, é o mal de outros.
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